Criação de mandacaru (Zé Vieira)
Um poeta apaixonado
Canta as coisas da terra
Seu povo seu pé de serra
O tempo bom do passado
Mesmo estando afastado
Da família e do lugar
Sempre é bom se lembrar
Confesso que lembro tanto
Cante do jeito que eu canto
Pra não deixar de cantar.
Mandacaru
Passeando na campina
Verdejante do inverno
Vi o sol trocar o terno
Vestindo a negra cortina;
Uma ave de rapina
Rainha do “alvoredo”
Lamentava num rochedo
A falta de claridade
Chora a noite com saudade
Do sol que dormiu mais cedo.
Verdejante do inverno
Vi o sol trocar o terno
Vestindo a negra cortina;
Uma ave de rapina
Rainha do “alvoredo”
Lamentava num rochedo
A falta de claridade
Chora a noite com saudade
Do sol que dormiu mais cedo.
Mote:Fátima Marcolino
Glosa:Leo Medeiros
Eu não uso tatuagem
Nem qualquer pindurucai
Eu aprendi com papai
Preservar minha imagem
Pode parecer bobagem
Mais eu não quero mudar
Não sou de me infeitar
Com brinco,pince anelão
Sou matuto do sertão
Simples vou continuar.
MandacaruO sedutor sempre apela
Promete o sol e a lua
Pra ter a donzela nua
E tirar o melhor dela
Depois abandona ela
Vai aplicar outro golpe
Ela implora que ele volte
Mais ele lhe trata mal
Fingindo que não conhece
E a coitadinha padece
Sem sua pureza normal.
Mandacaru
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