Homenagem ao poeta Pedro Félix Autor Zé Guerra 11/08/1987




Lancei a mão a caneta
Pra mais uma descrição
Pra falar neste poema
Na triste separação
De um [grande] companheiro
Colega da profissão.

Irmão por compadecer-se
Do sofrer dos semelhantes
Amigo dos companheiros
Nas horas mais cruciantes
Meu colega de batalha
Das minhas jornadas dantes.

O poeta Pedro Félix
Do meu eu foi sempre afim
Pelos meus conceitos ele
Pretendeu chegar ao fim
Deixando os seus na ausência
Pra morrer junto de mim.

Poeta de cor morena
de uma clara consciência
Amigo do seu amigo
De uma boa convivência
No lugar onde cantava
Agradou toda assistência.

Honesto respeitador
Humilde como um cordeiro
Um bom pai e bom esposo
E um leal companheiro
Foi vitimado da sina
De um destino traiçoeiro.

Nascido em Juazeiro
Estado do Ceará
A um de seis de cinquenta
Sendo registrado lá
Morreu a 21 de julho
Em Santarém do Pará.


Deixando esposa e filha
Em prantos sentimentais
Ao todo quatorze irmãos
E os seus queridos pais
Deixando muita saudade
Pra não findar nunca mais.

Era um poeta querido
De uma grande simpatia
Onde cantava deixava
Contagiante alegria
Sua morte deixou saudade
Para que lhe conhecia.

Foi cantar no Cripuri
Garimpo do Tapajós
Lá pegou uma malária
Quando voltou logo após
Adoeceu e morreu
Deixando tristeza em nós.

Desceu até Santarém
Vindo a minha procura
Ao me encontrar planejamos
A nossa vida futura
Seus planos de esperança
Só me trouxeram amargura.

Passavam dos quatro dias
Quando ele adoeceu
Internado e medicado
Mas nada disto valeu
As onze horas da noite
Meu companheiro morreu.

Deixou a nossa morada
Para morar no além
Lá no reinado de Deus
Descanse em paz viva bem
Dos anjos ganhe o troféu
Prepare com Deus no céu
Um lugar pra mim também.
Fim








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